quarta-feira, outubro 18, 2006

Contos de Dali (Daqui)

Eu ontem subi numa árvore, que fica dançando sobre o telhado de palha da minha casa cor de vento quando levanta a poeira num rodemoinho com algumas cascas secas de milho.
A árvore ficava pulando pra lá e pra cá e não deixava o chuveiro dormir, e como não dormia, ele tambem não deixou ninguem da casa dormir, nem sequer o cheiro do chão, que mais reclamava.
Eu estava caçando algumas letras fugidas dos livros de contos boca-boca, e estava concentrado nesse trabalho, pois as letras são muito espertas, principalmente os "s"s e os "k"s. Mas os kás eram bem mais raros, pois ainda não existia as fronteiras quando as letras foram nascidas no livro. O chão estava cheio de s's e não foi que só por que eu deixei de pegar essas pestes, que os m's e os d's, invejosos, tambem começaram a pular fora do livro?! Eu sempre achei os m's e os d's muito estranhos, mas nada superou os j's. Eles ao inves de cairem ao chão e dormirem, como os s's, os k's, os d's e os m's, resolveram escalar a parede do quarto e subirem, pelas raízes, na árvore que pulava feito loca no telhado de palha da minha casa cor de vento quando levanta poeira num redemoinho com algumas cascas secas de milho.
Isso foi a gota d'água! subi pela parede tbem, e chegando no telhado, encontrei os j's concentrados e calmos em belos frutos, mas que ficavam no topo da arvore. Ela se acalmou quando me viu, e permitiu que eu subisse. Subi e apanhei cada fruto de j's. Eram estranhos, com sabor de agua, e textura de vento. Até que de repente o galho da árvore se quebrou e fiu parar no chão de letras perdidas novamente. Ao mesmo tempo que reconhecia as quinas dos p's, dos z's e dos t's, senti um tapa na testa, e me vi saindo no meio de um vendaval. Era um vento que levantou poeira num redemoinho com algumas cascas secas de milho. Estava no meio do ensolarado terreiro de terra da casa do meu avô, deitado, e com uma dor de cabeça grande, pela queda...
De vem em quando eu acho uma letra perdida me espetando a testa...

16 Comments:

At 18/10/06 01:47, Anonymous Anônimo said...

Armandinho, vc é simplesmente demais!!! Adorei de novo ovo!

 
At 19/10/06 17:17, Anonymous Anônimo said...

HAhaha.. Marina... meu.. de vez em qdo bate umas historias aqui na minha cuca.. hehhehe
Abração! vlw pelos elogios! e o seu poeminha agua com açucar está sendo fabricado.. hehe

Bjão

 
At 21/10/06 01:19, Anonymous Anônimo said...

o que é isso?

 
At 21/10/06 03:49, Anonymous Anônimo said...

pragmatismo aleatorio, meu barato.

 
At 21/10/06 20:58, Anonymous Anônimo said...

Armandinho, to só esperando meu poeminha bem doce!!!
Te adoro!

 
At 23/10/06 06:23, Anonymous Anônimo said...

deve ser bem barato mesmo essa porcaria ai, vc copio da sua redação na 4a série?

 
At 24/10/06 05:22, Anonymous Anônimo said...

nao, nao foi da quarta, mas da segunda serie. E minha "tia" nao sabia que quem escreveu essa "porcaria" um dia iria encontrar dentro dessa porcaria muita coisa de um pequeno movimento e acanhado que se determinou, erroneamente, realismo fantastico. Que merda, ne, Freud deve te explicar muito melhor que Jung.
Enquanto eu fazia essa porcaria na segunda serie, vc fazia o que? coco?
andes de me criticar, me supere, ja diz uma das mais toscas comunidades do orkut. E na quimica organica se aprende que tudo dissolve em tudo, logo, aproveite esse blog e dissolva um pouco de inteligencia na sua sua cabecinha oca.
Pobreza...

 
At 24/10/06 05:38, Anonymous Anônimo said...

hehehe...
Naum t conheço mas explique-se caçador de palavras!!!! Texto sobre a dificuldade de se ter uma boa inspiração??? Se naum... boiei!!!!
Bju

 
At 24/10/06 06:29, Anonymous Anônimo said...

cada um q receba o texto da forma com que deseja... nao cabe a mim explicar o que cada um deve entender dele. O que eu quis mostrar e que mesmo na alienacao se pode ter coisas raras. A crianca que poderia ter contado esse texto, com estruturas gramaticais infantis, e pre-coesao, e mesmo uma pifia inocencia, tem dentro do seu sub consciente coisas que na optica da psicologia profunda tem muito sentido. O "j" que foge e uma abordagem sexual. E o fato de se tornar agua e vento, remete a muito do dia a dia dessa crianca.
Eu vi uma historia parecida contada por uma menina numa creche outro dia. Juntei um pouco que li sobre a psicologia e resolvi montar esse circo.
Por cima parece muito raso. E e, de fato. Mas a sua pouca profundidade nao deixa de indicar um futuro intenso pra essa crianca. Nenhum buraco nasce grande.
A pancada no final e uma alusao a absorcao da realidade. E a crianca nao sabe se a realidade e conforme o devaneio, ou vice versa.
Eu viajei um pouco , nao no escrever, mas no escutar a menina falando o que e deixou com vontade de forjar algo mais pintado.
Metalinguagem me incomoda um pouco...

 
At 24/10/06 06:36, Anonymous Anônimo said...

Caçador...
Keep Walking...
PS: sou a pessoa do penúltimo recado acima!!!=)

 
At 24/10/06 07:31, Anonymous Anônimo said...

ok...

Pra detalhar mais um pouco, tem varios simbolos e signos aqui. Arvore, danca, telhado, a posicao de olhar para o telhado, o lvro, a fuga das letras, chao, a dormencia, o chuveiro, mais uma vez a agua, o chao, o cheiro, a cor da casa, redemoinho, o ponto de vista central da ocasiao, enfim... acho que da pra viajar um pouco nesses pontos cheios de possibilidade.
o roteiro que eu tentei montar: Uma crianca que tem o primeiro indicio de seu desevolvimento socio-sexual sofre um acidente no meio de uma brincadeira, e por esse acidente, tem um sonho, que nao vira no mesmo momento, mas num futuro muito longinquo, qdo entao entendera que aquele era o momento do incio de.. Nesse sonho ela tenta se deter ao que recebeu de formacao de sua familia, e de seu ciclo de vivencia, mas a coisa foge a seu controle. As consoantes sao o que determiam o conteudo da vida. As vogais sao o recheio, por assim dizer. So consoantes caem do livro, ou seja, os fundamentos dessa pessoa estavam caindo... e uma delas, o J, com relacao a sua sexualidade vai pra um caminho diferente, e SOBE ate o topo da casa, o telhado, a protecao, e la se tranforma atraves da Arvore em fruto de agua e vento. Agua seria transformacao e vento o cotidiano. a Arvore seria uma exencao do proprio ser, o ser qe nasceria daquela crianca, a sombra da sua identidade ainda nao formada.
a queda e o momento em que a pessoa ja formada encontra a sua sombra, e essa se desfaz, logo, o galho que a sustenta quebra.
A ultima frase e' uma brincadeira que quer dizer.. faltam-me alguns valores. Os parafusos ainda estao soltos, e bla bla bla.

Nao sei se viajei demais, mas pra mim, que sou o meu parametro corrompido, o texto e' ao mesmo tempo raso demais pra se levar a serio e proundo demais para se explicar.
:/
Algo mais?

 
At 24/10/06 07:41, Anonymous Anônimo said...

eu concordo que textos tem de ser simples e claros, mesmo que complexos, a complexidade tem de vir de uma forma simples. Qdo foge a isso, acontece o que aconteceu aqui..

 
At 24/10/06 20:10, Anonymous Anônimo said...

Caro autor, vc percebeu que nos comentários acima você não disse absolutamente nada? Apenas tentou me ofender dizendo que eu fazia coco. Fazia mesmo, prefiro viver a fazer um coco bem grande, pelo menos é algo concreto, e fedido, e incomodaria as pessoas.

Fique com seu textinho medíocre e com seus pensamentos vazios e com sua argumentação inconsistente. Abraços.

 
At 25/10/06 02:37, Anonymous Anônimo said...

quem é esse tal de marvin que caga fedido? Que cara espaçoso...

 
At 25/10/06 02:54, Anonymous Anônimo said...

Eu sou o Melvin! e vc deve ser Marina, aquela que não caga fedido, mas idolatra e cega o caçador anônimo, enebriando-o com seus pseudo-elogios.

 
At 27/10/06 00:49, Anonymous Anônimo said...

Pseudo??? Ninguém, a não ser eu mesma pode saber sobre a validade dos meus elogios, senhor coco fedido!

 

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