sexta-feira, fevereiro 17, 2006

A alma

Nada naquela redondeza fedia tanto. Era mais que insuportável, parecia que toda aquela inhaca despia imediatamente as infelizes almas que se aproximava e mostrava o que de essência havia nela; o que ela era.
Havia naquela massa viscosa, quente, lodal, mais vermes que em toda a Africa. Talvez até mais que na America. E seus vermes eram mais vermes por saberem que eram os vermes daquele luagr, e o poder de transparencia do inferno odorífero tambem se aplicava a eles, embora não tivessem alma - mas as almas os tivessem.
e tudo entrelaçava tudo, como que em sexo despudorado, como que pervertidas lésbicas, as raizes podres se entrelaçavam e gozavam. e a lama era o esperma. E as moscas ficavam com vergonha de aparecer por lá. Não suportavam, a não ser as que adoravam todo aquele embrolho, e até mergulhavam no seu extase , morrendo e fermentando mais ainda aquele ignomínio. Lá parecia que nem a gramatica ficava falsa. E os olhos se faziam pele. os narizes, vergonha. a pele, meio.
O que alimentava toda a devassidão era que havia um risco que ficou a aprte de tudo, pois na essencia não era aquilo. e até que todo movimento pegajante não cumprisse o que haveria de cumprir, o risco unidimensional ficou como era, unidimensional. Até que num pulso mais rapido que tudo, duas dimensoes, e tres, adiquiriu, e 11 por consoante, e fez se uma flor.
E era branca. Subia da superficie uns poucos e insuportavelmente proximos fracionados de medidas. Exalava todo o seu perfume, rastejando todo o fedor deseperadamente em panico para o esquecimento.

4 Comments:

At 17/2/06 18:16, Anonymous Anônimo said...

A podridão deu origem ao universo

 
At 17/2/06 18:24, Anonymous Anônimo said...

Muito lindo esse seu texto Armando, bonito mesmo, adorei...

 
At 17/2/06 18:25, Anonymous Anônimo said...

Costa, que cena mais esdruchula vc descreveu, no que estava pensando??

 
At 21/2/06 20:58, Anonymous Anônimo said...

grandes homens que deixaram grandes obras passaram por grandes momentos de melancolia

sua dor e sofrimento são sementes para um parto explosivo de criatividade artística, aproveite

 

Postar um comentário

<< Home