A alma
Nada naquela redondeza fedia tanto. Era mais que insuportável, parecia que toda aquela inhaca despia imediatamente as infelizes almas que se aproximava e mostrava o que de essência havia nela; o que ela era.
Havia naquela massa viscosa, quente, lodal, mais vermes que em toda a Africa. Talvez até mais que na America. E seus vermes eram mais vermes por saberem que eram os vermes daquele luagr, e o poder de transparencia do inferno odorífero tambem se aplicava a eles, embora não tivessem alma - mas as almas os tivessem.
e tudo entrelaçava tudo, como que em sexo despudorado, como que pervertidas lésbicas, as raizes podres se entrelaçavam e gozavam. e a lama era o esperma. E as moscas ficavam com vergonha de aparecer por lá. Não suportavam, a não ser as que adoravam todo aquele embrolho, e até mergulhavam no seu extase , morrendo e fermentando mais ainda aquele ignomínio. Lá parecia que nem a gramatica ficava falsa. E os olhos se faziam pele. os narizes, vergonha. a pele, meio.
O que alimentava toda a devassidão era que havia um risco que ficou a aprte de tudo, pois na essencia não era aquilo. e até que todo movimento pegajante não cumprisse o que haveria de cumprir, o risco unidimensional ficou como era, unidimensional. Até que num pulso mais rapido que tudo, duas dimensoes, e tres, adiquiriu, e 11 por consoante, e fez se uma flor.
E era branca. Subia da superficie uns poucos e insuportavelmente proximos fracionados de medidas. Exalava todo o seu perfume, rastejando todo o fedor deseperadamente em panico para o esquecimento.
4 Comments:
A podridão deu origem ao universo
Muito lindo esse seu texto Armando, bonito mesmo, adorei...
Costa, que cena mais esdruchula vc descreveu, no que estava pensando??
grandes homens que deixaram grandes obras passaram por grandes momentos de melancolia
sua dor e sofrimento são sementes para um parto explosivo de criatividade artística, aproveite
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